quinta-feira, 17 de abril de 2014

Proibição do consumo de maconha causa mais males do que a legalização para fins medicinais e recreativos.

Entre os defensores da legalização da maconha, está o neurocientista da UnB (Universidade de Brasília) Renato Malcher. Para ele, a proibição do consumo de maconha causa mais males do que a legalização para fins medicinais e recreativos.

— A regulamentação é a coisa mais humana. Ao contrário do álcool, a maconha não tira a consciência de ninguém. A maconha deixa as pessoas mais pacatas, relaxadas e não as torna inconscientes. Com a legalização, o mercado paralelo fica enfraquecido, sem contar que a maconha oferecida no mercado negro tem excesso de THC [princípio ativo da droga].

Soma-se aos argumentos do professor da UnB o benefício do uso da maconha para pessoas que tenham doenças crônicas que provocam dor.

— A maconha pode amenizar o tratamento de crianças com formas severas de dor e epilepsia. No caso de câncer, tem um efeito além de tratar a dor, porque evita a proliferação e a metástase, inibe a náusea que faz as pessoas emagrecerem e aumenta o prazer que a pessoa tem de comer. Todas as percepções são mais agradáveis, como o olfato e a visão.

A única ressalva do neurocientista é que há grupos de pessoas com restrições para o consumo, como jovens, com idade entre 18 e 20 anos. Segundo Malcher, esse grupo ainda está em fase de formação e, por isso, o consumo da maconha nessa idade pode, a longo prazo, causar problemas como depressão.

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