quinta-feira, 21 de junho de 2012

Amônia Na Maconha


Amônia na Maconha Prensada: Qual a Procedência?

O debate sobre drogas é cheio de fumaça característica de desinformação. Ao vasculhar e produzir conteúdo sobre maconha, muitas polêmicas são causadas. Poucas são sanadas. Isso porque em grande parte das vezes não há fontes originais das informações correntes entre usuários e profissionais da área.
Em nosso post anterior, ao tentar mapear a rota do tráfico de maconha desde seu plantio, em território estrangeiro, até nosso país, fomos severamente questionados. Um leitor com o nick de “PPerverso” desmoralizou o texto – que continha diversas abordagens – por um único ponto de discordância fundamental: a procedência da amônia encontrada na maconha prensada.
Em primeiro lugar vamos mapear o pensamento livre de conceitos ou resquícios culturais e a primeira pergunta deve ser, será que de fato há amônia? Existem fontes dizendo que sim, mas lembrem-se, existem fontes dizendo tudo, basta lembrar dos estudos baseados em preceitos do proibicionismo.
Fontes como matérias de jornais não podem servir como afirmação convicta de que a amônia seja de fato inserida por traficantes. Afinal, o texto é escrito com informações dadas, por exemplo, pela polícia ou carregadas pelas certezas do repórter.
Não encontramos fontes sobre a certeza de amônia na maconha. Isso é um senso comum enraizado, que muito provavelmente tem sua razão. E a partir daí começa a polêmica. Se há amônia, qual sua procedência?
No texto anterior nós dissemos o que a maioria das pessoas dizem e sabem. “A mais famosa forma de adulteração consiste na adição de amoníacos para diminuir o cheiro da erva e retardar seu envelhecimento”, mas acontece que o leitor afirmou estar errado. Segundo ele, não há inserção do produto químico na hora da prensagem, mas sim resultado de um processo natural da matéria vegetal ainda fresca.
O biólogo Anderson Moura, formado pela UFRJ, foi consultado sobre o assunto e disse que desacredita na hipótese da formação natural de amônia, embora ela seja possível. “A formação de amônia no processo da prensagem só pode se dar na presença de organismos externos em contato com a matéria vegetal, produzindo as chamadas excretas nitrogenadas. Mesmo assim, a quantidade liberada por esses organismos, que eventualmente podem agir, seria muito ínfima para justificar o cheiro forte de amônia concentrado em um quilo da droga, por exemplo”, disse o especialista. No caso, o que ele explica é que fungos e bactérias podem sim produzir amônia, mas não em quantidades grandes, ainda mais levando em conta a presença de inúmeras outras substâncias.
É possível que a explicação real esteja balanceada entre uma e a outra suposição. O caminho da verdade sem dúvida é o debate. E – pelo menos por aqui – vamos prezar pela saúde não só do usuário, mas também das conversas e relações entre militantes.
Além da fonte oficial citada, nós não encontramos outras fontes para saber qual das duas explicações é mais consistente. Ainda, além de opinar agressivamente, o leitor também não ofereceu fontes para atestar que sua explicação é correta em detrimento às outras.
Nossa equipe fica agradecida que o GrowRoom esteja participando desse debate e somando informações aqui ao Cabeça Ativa. O assunto sobre amônia já perturbou a cabeça de muitos usuários do fórum deles, como nesse link, onde o pessoal discute, à base de opiniões entre as duas vertentes da origem da amônia na maconha prensada.
PERITO CRIMINAL (não verificado)
Amônia é um composto dequi, 22/12/2011 - 21:14
Amônia é um composto de fórmula molecular bem simples, N(1)H(3), ou seja, trata-se de uma substância GASOSA, logo, bastante volátil em temperatura e pressão ambiente, desse modo, mesmo prensada a maconha perderia a amônia rapidamente. Creio que o que ocorre é o seguinte: eles enterram a maconha em locais próximos a fossas de esgoto e, muitas das vezes, mandam pessoas urinarem na maconha, por isso o forte odor, que por muitas vezes senti, ao abrir embrulhos de maconha
apreendidas pela Delegacia, para realizar PERÍCIA TÉCNICA, pois sou graduado em QUÍMICA. Mas, creio que amônia na maconha é MITO, por ser uma substância CARA, DE DIFÍCIL MANIPULAÇÃO (CORROSIVA, VOLÁTIL, LACRIMEJANTE E SUFOCANTE) E, POR FIM, PROIBIDA, MAIS AINDA QUE A MACONHA, POIS É UTILIZADA NO PROCESSO DE REFINO E CRISTALIZAÇÃO DE COCAÍNA E OUTRAS DROGAS, FIGURANDO DA LISTA DA POLÍCIA FEDERAL, DA QUAL É NECESSÁRIA A AUTORIZAÇÃO PARA COMPRA, O QUE ENCARECE MUITO O PRODUTO CLANDESTINAMENTE OBTIDO, TORNANDO-O INVIÁVEL ECONOMICAMENTE PARA QUEM QUER USAR NA MACONHA, MESMO EM SOLUÇÃO DILUÍDA COM ÁGUA.
PERITO CRIMINAL (não verificado)
Para quem quiser saber, eu jáqui, 22/12/2011 - 21:24
Para quem quiser saber, eu já realizei os TESTES que alkgúns não podem ou não sabem ou não devem realizar. Bem, encontra muita porcaria na maconha prensada, como restos de insetos e fragmentos de objetos, tipo madeira e plástico, contudo, testes mais apurados, com espectrofotômetro de chama, revelam que são encontrados resíduos de metais pesados na maconha, Pb (Chumbo), Cd (Cádmio) e Cr (Cromo), muitissimo provável que seja de contaminação de tóneis de latão, outrora utilizados para resinas, tintas etc. Esse é um dado preocupante para fumantes, pois a inalação será direta na corrente sanguínea e estes metais são bem aceitos em meio orgânico (nosso corpo, por exemplo) e ficam lá eternamente.
PERITO CRIMINAL (não verificado)
Outra coisa que esqueci,qui, 22/12/2011 - 21:37
Outra coisa que esqueci, utilizam muito fertilizante e pesticida lá pelo Paraguay, eles contém NITRATO DE AMÔNIA, o que obviamente contamina a maconha.
PPerverso (não verificado)
Caros amigos da Cabeçaativa,qua, 03/11/2010 - 17:41
Caros amigos da Cabeçaativa, voltei com grande satisfação para continuar com a já polêmica discussão, sem tanta veemência, mas ainda sim com críticas, como não poderia deixar de ser.
Se faltou da minha parte algum tipo de fonte confiável para o meu comentário, vocês já podem contar com o depoimento postado por alguns growers que já tiveram a "grata" surpresa de notar a formação de fungos e o aparecimento de forte cheiro de amônia/amoníaco em potes de buds/camarões/cabeças (inflorescências femininas da cannabis) que não estavam suficientemente secas;
Além de tais comentários, vou apresentar um link de uma extensa reportagem da Record que muito bem registrou o processo de produção da maconha no Paraguay: http://noticias.r7.com/videos/imagens-ineditas-revelam-como-agem-as-mula... na qual fica bem claro que não há adição de amônia no momento da prensagem da maconha;
Saliento que se sedimentou, através de discussão acalorada que a mesma é majoritariamente oriunda de processos biológicos causados pelo apodrecimento da matéria vegetal prensada fresca, mas por ignorância e pela força do mito urbano (ou seria rural) alguns agentes do tráfico podem sim adicionar compostos ricos em amônia/amoníaco/etc à sua carga de tijolos de maconha (ou seja, por simplesmente seguirem o mito);
Cabe salientar que no tópico do Growroom que por vocês foi linkado, mais especificamente na 88ª postagem datada de 27/11/2008 foi trazida à discussão uma maravilhosa reportagem da revista argentina THC - La Revista de la Cultura Cannabica em que o processo de prensagem da erva também mereceu atenção quanto à adição ou não de amônia por parte dos produtores que transformam toneladas de plantas em milhares de blocos de matéria vegetal prensada fresca: http://www.growroom.net/board/topic/29391-amonia/page__view__findpost__p... (post nº88 do tópico, autor do post: usuário davinci, que digitalizou e disponibilizou a matéria da revista argentina).
Vocês me cobraram fontes, eu as trouxe. Peço desde já desculpas pelo fato das mesmas serem oriundas de uma página na internet voltada ao público adulto, sem a possibilidade de acesso por menores de idade (e informação não deveria ser alvo de censura por idade, certo?)
Concordo que essa é uma questão que é muito polêmica, muito mais por falta de dados confiáveis e pela raridade de discussões como essa, mas é principalmente polêmica por ser fruto da ignorância dos consumidores da maconha.
Faço agora minhas críticas, tentando não ser muito veemente e nem incorrer em agressividade, cobro de vocês maiores referências sobre o biólogo, já que vocês incorreram na falácia da argumentação da autoridade (http://pt.wikipedia.org/wiki/Argumentum_ad_verecundiam).
Esse biólogo tem conhecimentos técnicos na área da cannabis e de seus processos de cultivo, colheita, secagem e cura; ou do processo de prensagem da maconha em território paraguayo?
Ele tem algum conhecimento desenvolvido na área ou ele está opinando como alguém que conhece por formação técnica o processo de formação natural da amônia?
Isso não basta para derrubar a força de minha intervenção, já que desde pronto questiono a credibilidade da "autoridade" que foi trazida pelo seu texto.
Para finalizar, vou citar um grande moderador do Growroom (WhiteSmoke) que comentou sobre a primeira matéria por vocês postada e que aqui segue ipsis literis, deixando antes meus sinceros votos de sucesso na luta para produzir informação com credibilidade:
"Definitivamente, a amônia presente no prensado não é de origem antrópica (adicionada pelo homem).
É fruto do processo natural de decomposiçao da matéria orgânica fresca.
Qualquer um que já teve o desgosto de armazenar inadequadamente colheitas, sabe que isso é plenamente possível. E não é uma quantidade insignificante de amonia que se forma, como aponta o biólogo do artigo, e sim níveis suficientemente altos a ponto de dar aquela sensaçao de 'queimaçao' no nariz.
É só parar pra analisar. Por acaso nas apreensoes a gente ve tabletes de maconha sendo apreendidos junto com frascos de amonia ?
A reportagem feita pela record recentemente, que mostra como o processo de prensagem é feito no paraguai, deixa claro :
No prensado pode ter misturado planta macho, sementes, partes de outras plantas, terra, impurezas diversas.... mas não tem adiçao de amônia
Imagens inéditas revelam como agem as mulas do tráfico
Esses tabletes que aparecem na reportagem, podem ter certeza que na hora até podiam estar com cheiro normal, mas até chegar ao consumidor final o processo de liberaçao de amonia já teria começado.
Agora, uma coisa é fato.
Nada impede, que por conta dessa mentira ser tão propagada, um traficante inexperiente realmente urine nos tabletes 'pra conservar melhor'. Ele sempre ouviu que fazem isso, então quando ele pega uma carga, faz o que sempre ouviu.
Ou seja, a existência da 'maconha urinada' é possível, fruto da enorme ignorância em relaçao ao assunto.
Tudo isso são as consequencias nefastas da proibiçao
Então, legaliza Brasil
"

3 comentários:

  1. Encontrei esse post na net e achei valido postar isso no blog, para conhecimento dos fumantes que são obrigados a comprar a mercadoria do trafico.
    agora sabemos que a amônia não esta relacionada ao processo de prensagem da erva ,e se é adicionada por algum traficante ,o que não é nada bom e sinal, é por que ele é um ignorante no assunto,infelizmente ainda somos obrigados a aceitar isso, por que algumas pessoas que não são adeptas ao consumo e cultivo de cannabis ,acham que a mesma deve ser proibida somente por intolerância, ou apenas por não querer que seus parentes mais próximos experimente a erva, e acabem gostando ,sendo assim não e possível comprar maconha de qualidade legalmente, e as pessoas que a comercializam podem cometer algum erro como esse, por pura ignorância, e isso por falta de sorte pode acontecer conosco.
    Vamos buscar a liberação!!

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  2. Sim.. Os traficantes colocam amoníaco e outros compostos químicos. É so fazer testes em laboratório como eu fiz, acredite ou não, muito pelo contrario podem acreditar que e mentira pois é menos um acéfalo no Brasil.. O prensadão que te faz ficar no barato e o mesmo que destrói as células cerebrais. Beijos seus viciados :*

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    1. Amigo, estamos aqui discutindo algo sério, o único acéfalo aqui é você, propagando informação sem base nem fonte. É como o cigarro, não gosta não fuma, e mesmo assim temos a possibilidade de vaporizar erva, não a queimando e assim também não liberando a amônia.

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